Mosquito da Dengue

Na verdade, precisamos falar sobre o Mosquito Aedes aegypti, que não transmite somente a Dengue mas também Zika Vírus eChikungunya. Nas épocas em que as temperaturas estão elevadas aumenta o número de casos da doença. Até 2 de abril de 2016 foram registrados 91.387 possíveis casos de Zika, 802.429 de Dengue e 39.017 de Chikungunya (Para maiores informações clique aqui).

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) 4 bilhõesde pessoas vivem em área de risco e 3,2 milhões de pessoas apresentam a doença anualmente, sendo que destes 500 mil são considerados graves e 21 mil resultam em morte.

Os números assustam e estes são dados referentes apenas à Dengue, logo isso só nos deixa uma opção: Alertar, informar e preparar a sociedade para combater este mosquito.

A exemplo disso, o grupo fez uma pesquisa de campo.Onde encontrou Maria moradora do assentamento Bela Vista, ao observar a maioria de seus vizinhos reclamando sobre o aumento dos casos de dengue, resolveram agir juntamente com a comunidade a disponibilizar medicamentos caseiros aos habitante do local.

No grupo do 1° período de Enfermagem sugerimos o envio de agentes de saúde para fazer visitas nas casas a fim de informar a comunidade sobre o vírus da dengue e como se adquiri e quais medidas de profilaxia, faz-se necessário também o envio de Médicos e Enfermeiros para diagnosticar tais meios sócias.

Fonte: https://www.osucateiro.com/blog/precisamos-conversar-sobre-a-dengue/

SILVA, Carlos Eduardo; LIMONGI, Jean Ezequiel . Avaliação comparativa da eficiência de armadilhas para a captura e coleta de Aedes aegypti em condições de campo. Cad. saúde colet., ahead of print Epub 23-Ago-2018

Introdução Estudos que aperfeiçoam e/ou aferem a capacidade de armadilhas na detecção de vetores auxiliam sobremaneira o processo de controle das doenças causadas por eles. Objetivo. Objetivou-se comparar quatro tipos de armadilhas para captura/coleta de A. aegypti em condições de campo e avaliar a influência da temperatura e precipitação na eficiência destas armadilhas.Método. Armadilhas ovitrampas (papel-filtro e paleta), mosquitéricas e MosquiTRAP ® foram instaladas em 10 quarteirões, que recebiam, em cada uma de suas faces, um tipo destas armadilhas. Foram calculados índices entomológicos qualitativos e quantitativos para todas as armadilhas. Resultados A armadilha mosquitérica apresentou o menor índice de positividade (3%). Apenas os índices IPAaegypti e IDAaegypti demonstraram relação positiva com a temperatura e a precipitação, respectivamente. As armadilhas ovitrampas tiveram até 6,6 vezes maiores chances de positividade para A. aegypti quando comparadas com as MosquiTRAP ®, sem diferença significante entre os substratos papel-filtro e paleta. Conclusão As armadilhas ovitrampas apresentaram os melhores índices para serem utilizadas na vigilância do A. aegypti. É recomendado de forma imperativa o uso do papel-filtro como substrato para oviposição, pelo seu menor custo, maior facilidade de confecção, transporte e armazenamento, além da melhor visibilidade dos ovos depositados.

Aluna: Eduarda Pinheiro Marinho.

Introdução- A Dengue é uma questão de saúde social muito significativa nos dias de hoje e se torna importante o combate a essa epidemia, para o controle e a prevenção da transmissão da doença no meio rural.Objetivo - O trabalho de orientação em relação ao combate do mosquito transmissor do dengue representa um desafio, por ser, um sério problema de saúde pública, não apenas no município de Realeza, mas no mundo como um todo. O Brasil por ser um país tropical, oferece condições ambientais de proliferação do mosquito Aedes aegypti causador da dengue, porém não é só o aspecto ambiental que deve ser considerado de forma isolada, também são relevantes as questões culturais, as condições de saneamento básico da população e a rápida adaptação do mosquito vetor às condições ambientais em que se encontra. Meio- É uma preocupação não apenas para órgãos governamentais, mas também para os educadores, pois as formas de manter o meio ambiente livre desse mosquito é adotar práticas diárias de combate e trabalho coletivo. Nesse sentido, Donalísio (2002) reforça que as medidas preventivas a serem adotadas pela população constituem-se de ações simples e eficazes, direcionadas principalmente aos criadouros. Conclusão-Portanto o controle vetorial da Dengue é uma ação coletiva que envolve gestores e sociedade, ou seja, da participação efetiva de diferentes setores da administração pública, mas também de cada morador na eliminação de criadouros já existentes, ou de possíveis locais para reprodução do mosquito, interrompendo o ciclo de reprodução do mosquito vetor.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Dengue: diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança. 4 ed. Brasília: 2013. Disponível em: . Acesso em 03 de junho de 2013.

Aluna: Emilly Carla de Araujo Silva

CUMINALE, Natalia. Dengue um desafio há 25 anos. 24 de maio 2016,16h28-Publicado em 09 de maio 2015, 21h16: Editora Veja.

Historicamente, a disseminação da dengue sempre esteve associada à rápida urbanização. Hoje, 90% dos casos da doença ocorrem em cidades com mais de 100.000 habitantes. "É uma epidemia urbana. É preciso repensar o planejamento das cidades ou aprender a conviver com o mosquito", diz Timerman. O asfalto, as grandes construções e a falta de parques facilitam o acúmulo de água e, consequentemente, a proliferação do Aedes aegypti. É por isso que, ao longo dos anos, o número de casos da doença se expandiu. Há 25 anos, o Ministério da Saúde passou a computar os dados de infectados pela dengue.

Aluna: Raimara Reis

Estratégias de Controle do Aedes aegypti

Introdução-No Brasil, os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate a Endemias (ACE), em parceria com a população, são responsáveis por promover o controle mecânico e químico do vetor, cujas ações são centradas em detectar e prevenir a proliferação do mosquito. Outra estratégia complementar definida pelo Ministério da Saúde é a promoção de ações educativas durante a visita domiciliar pelos Agentes Comunitários, com o objetivo de orientar os domiciliários a identificar focos de reprodução do Aedes e como proceder para garantir a segurança da saúde da sua família e comunidade.Objetivo- descrever as principais estratégias de controle do Aedes aegypti, com ênfase nas inovações tecnológicas promissoras para utilização no Brasil. Método- Na tentativa de romper a cadeia de transmissão de doenças pelo Ae.aegypti são utilizados três mecanismo de controle: Controle Biológico- utilização de predadores ou patógenos com potencial para reduzir a população vetorial. Entre as alternativas disponíveis de predadores estão os peixes e os invertebrados aquáticos, que comem as larvas e pupas, e os patógenos que liberam toxinas, como bactérias, fungos e parasitas. Controle Químico- consiste no uso de produtos químicos, que podem ser neurotóxicos, análogos de hormônio juvenil e inibidores de síntese de quitina,para matar larvas e insetos adultos. Controle Mecânico-consiste na adoção de práticas capazes de eliminar o vetor e os criadouros ou reduzir o contato do mosquito com o homem. Resultados- diversas tecnologias têm sido desenvolvidas como alternativas no controle do Ae. aegypti, utilizando-se diferentes mecanismos de ação - como monitoramento seletivo da infestação, medidas sociais, dispersão de inseticidas, novos agentes de controle biológico e técnicas moleculares para controle populacional dos mosquitos -, considerando-se também a combinação entre elas. Todos os métodos utilizados e em desenvolvimento demandam a avaliação da eficácia, viabilidade e custos para implementação. Conclusão- A integração de diferentes estratégias de controle vetorial compatíveis e eficazes, considerando as tecnologias disponíveis e as características regionais específicas, parece ser um mecanismo viável para a redução da infestação dos mosquitos e a incidência das arboviroses transmitidas por eles, dado que inexiste uma solução única para o controle do Ae. aegypti no Brasil.Contudo, ainda há muito a ser investigado sobre estratégias de controle do Ae. aegypti com ênfase nas inovações tecnológicas promissoras.

https://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742016000200391

Aluna: Caroline Barbosa de Araujo

Tauil P. L

Aspectos crítico do controle de mosquitos no Brasil

Caderno de saúde pública

Maio/Junho, 2002

Introdução: Doutor Pedro Luiz tauil, faz considerações pertinentes quanto à proliferação de mosquito e o aumento dos casos de doença em conta aos aspectos sociais, políticos e econômico do Brasil. " a vigilância epidemiológica é considerada muitas vezes uma atividade apenas burocrática e não desperta o interesse principalmente dos médicos do serviço de saúde". Objetivo: A capacidade de serviços de saúde de responder com ações efetivas de controle a notificação de transmissão de dengue localizada numa área geográfica restrita é a forma possível de prevenir epidemias de grandes dimensões. Desenvolvimento: É preciso atenção ao mosquito que causa dengue, zika e chikungunya; a chegada da estação chuvosa significa nesta época do ano que aumentam os riscos de proliferação do mosquito. Por ter capacidade de proliferar tanto em recipientes naturais como artificiais, o Aedes aegypti também pode ocorrer em áreas rurais. Embora o transmissor da dengue, chikungunya e zika seja considerado um mosquito doméstico, propriedades rurais contam com locais de riscos capazes de servirem como criadouro. Métodos: As medidas preventivas mais simples podem ser complementadas com a utilização de larvicidas biológicos e químicos em bebedouros de animais e outros locais com acúmulo frequente de água, assim como utilização de fumacê no controle de adultos em áreas muito infestadas. Os especialistas salientam que mais eficiente do que combater os mosquitos com uso de inseticidas é tomar cuidados para que os focos não se reproduzam. Embora o raio de voo da fêmea do mosquito raramente ultrapasse os 300 metros em regiões com aglomeração de pessoas, nas áreas sem barreiras pode chegar a 800 metros. "Além disso, os mosquitos são transportados por diversos meios com ajuda involuntária do homem". Resultados: A prioridade deve ser identificar locais de risco para o surgimento de focos e eliminar os possíveis criadouros. "Para se livrar do problema, o certo mesmo é o saneamento, limpeza e eliminação de criadouros". A utilização conjunta de diversas ações para maior controle da população do mosquito é uma alternativa viável para evitar o surgimento de focos em propriedades rurais.- Conclusão: Entre as ações podemos citar a utilização de telas anti-mosquito nas portas e janela, cortinados, a inspeção e eliminação de locais que possam acumular água e servir de criadouro. Quanto mais dispositivos ou ações forem utilizadas no manejo integrado, maiores serão as chances de sucesso no combate ao mosquito.

Aluna: Vilma Araújo dos Santos Canjão

Tauil P. L

Aspectos crítico do controle de mosquitos no Brasil
Caderno de saúde pública

Maio/Junho, 2002


Introdução: Doutor Pedro Luiz tauil, faz considerações pertinentes quanto à proliferação de mosquito e o aumento dos casos de doença em conta aos aspectos sociais, políticos e econômico do Brasil. " a vigilância epidemiológica é considerada muitas vezes é uma atividade apenas burocrática e não desperta o interesse principalmente dos médicos do serviço de saúde". A capacidade de serviços de saúde de responder com ações efetivas de controle a notificação de transmissão de dengue localizada numa área geográfica restrita é a forma possível de prevenir epidemias de grandes dimensões.Desenvolvimento: É preciso atenção ao mosquito que causa dengue, zika e chikungunya; a chegada da estação chuvosa significa nesta época do ano que aumentam os riscos de proliferação do mosquito. Por ter capacidade de proliferar tanto em recipientes naturais como artificiais, o Aedes aegypti também pode ocorrer em áreas rurais. Embora o transmissor da dengue, chikungunya e zika seja considerado um mosquito doméstico, propriedades rurais contam com locais de riscos capazes de servirem como criadouro. Os especialistas salientam que mais eficiente do que combater os mosquitos com uso de inseticidas é tomar cuidados para que os focos não se reproduzam. Embora o raio de voo da fêmea do mosquito raramente ultrapasse os 300 metros em regiões com aglomeração de pessoas, nas áreas sem barreiras pode chegar a 800 metros. "Além disso, os mosquitos são transportados por diversos meios com ajuda involuntária do homem".Conclusão: A prioridade deve ser identificar locais de risco para o surgimento de focos e eliminar os possíveis criadouros. "Para se livrar do problema, o certo mesmo é o saneamento, limpeza e eliminação de criadouros". A utilização conjunta de diversas ações para maior controle da população do mosquito é uma alternativa viável para evitar o surgimento de focos em propriedades rurais. "Entre as ações podemos citar a utilização de telas antimosquito nas portas e janela, cortinados, a inspeção e eliminação de locais que possam acumular água e servir de criadouro". As medidas preventivas mais simples podem ser complementadas com a utilização de larvicidas biológicos e químicos em bebedouros de animais e outros locais com acúmulo frequente de água, assim como utilização de fumacê no controle de adultos em áreas muito infestadas. "Quanto mais dispositivos ou ações forem utilizadas no manejo integrado, maiores serão as chances de sucesso no combate ao mosquito".

Aluna: Vilma Araújo dos Santos Canjão

Resumo dos Fichamentos-(Aedes aegypti)

Os estudos analisados nos fichamentos estão buscando cada um estratégias de como controlar o mosquito no meio rural e quais medidas pode-se transmitir, para a população para combaterem tal vetor. Dessa maneira, usamos insumos de vários artigos que deram meios de como alertar a comunidade e agir nas suas residências para que os casos de dengue possam diminuir entre os cidadãos do âmbito rural. Nesse sentido, ações do governo com o engajamento da sociedade pode juntos combater o mosquito, tendo práticas diárias com todo o coletivo com o enfoque nos criadouros. Sendo assim, mesmo com a vasta disseminação do mosquito, meios devem ser posto em prática para que a conscientização seja feita desde a infância na coletividade. E assim, a construção de casas, parques em meios desabitados devem ser alvo do governo para que possa colaborá para a não proliferação do mosquito, devido a falta de habitantes para fazer as ações de combate nessas áreas. Mediante a isso, com a modernidade os insumos que a tecnologia nos propõe, faz-se mister para que seja implantado de maneira rápida e eficaz nas zonas urbanas e rurais para que assim possamos juntos da comunidade findar com os vetores.

             UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANÃO/ BOM JESUS
             CURSO DE ENFERMAGEM 1º PERÍODO
             DISCIPLINA: METODOLOGIA CIENTÍFICA
             PROFESSOR: LUIS CARLOS
            ACADÊMICAS: EDUARDA PINHEIRO MARINHO, CAROLINE                       BARBOSA DE ARAUJO, EMILLY CARLA DE ARAUJO SILVA, 
             RAIMARA REIS E VILMA CANJÃO
             DATA: 17 de outubro de 2018

https://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742007000200006

               Resenha do artigo publicado pela autora Ima Aparecida Braga(I); Denise Valle(II)

  •          I.Programa Nacional de Controle da Dengue, Diretoria Técnica de Gestão, Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, Brasília-DF 
  • II.Departamento de Entomologia, Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro-RJ


Que tem como titulo Aedes aegypti: histórico do controle no Brasil pode abordar sobre a importância de esta alerta ao mosquito Ae. Aegypti.

O Artigo aborda de inicio a crescentes incidências de casos de contaminação viral por meio do mosquito sendo uma delas a Dengue que é recordista em localidades que possuem clima tropical. Apresenta duas formas: dengue clássica, onde há o quadro de febre bem característico, e a dengue hemorrágica onde o paciente além de ser acometido pelo quadro de febre apresenta hemorragias. Devido ao alto grau de incidência, a OMS( organização mundial da saúde ) se prontificou nas campanhas de tratamento e controle da doença.

O mosquito se desenvolve em ambientes de clima tropical e úmido. Presente tanto em meio rural quanto urbano, o mosquito se adapta nos lugares onde a um descuido em relação ao lixo que podem ser um potencial para acúmulo de água parada. incidência de dengue tem aumentado nas últimas décadas. A doença ocorre em mais de 100 países e expõe mais de 2,5 bilhões de pessoas ao risco de contraí-la nas áreas urbanas, periurbanas e rurais dos trópicos e subtrópicos. A dengue é endêmica na África, nas Américas, no Leste do Mediterrâneo, no Sudeste Asiático e no Oeste do Pacífico. Apesar de a maioria dos casos ocorrer no Sudeste Asiático e no Oeste do Pacífico, há um crescente aumento na incidência de dengue e dengue hemorrágica nas Américas. Até a década de 70, somente nove países registraram epidemias de FHD. Em 1995, esse número havia aumentado mais de quatro vezes. Se em 1950, eram notificados, em média, 900 casos de FHD por ano, no período de 1990 a 1998, eles eram mais de 500 mil. Em 1998, um total de 1,2 milhões de casos de dengue e FHD foram reportados à OMS, com 15.000 mortes.

Na américa houve mais de 400 mil notificações de casos de dengue. No Brasil a ocorrência de casos é do tipo sazonal, geralmente o aumento dos casos gera em torno dos períodos de muita umidade(chuvas). Faz-se referência à dengue no Brasil desde o ano de 1846. O artigo, entretanto, pretendeu discutir apenas as epidemias recentes no País, uma vez que o histórico da dengue no Brasil foi revisado por Teixeira e colaboradores em publicação de 1999.

Na segunda metade do século XX, a partir de 1986, a dengue adquiriu importância epidemiológica, quando irrompeu a epidemia no Estado do Rio de Janeiro e a circulação do sorotipo 1, que logo alcançou a Região Nordeste. Dessa forma, a dengue se tornou endêmica no Brasil, intercalando-se epidemias, geralmente associadas à introdução de novos sorotipos, em áreas anteriormente indenes. No período entre 1986 e 1990, as epidemias de dengue se restringiram a alguns Estados das Regiões Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais) e Nordeste (Pernambuco, Alagoas, Ceará e Bahia). Em 1990, a introdução de um novo sorotipo - DEN-2 -, também no Rio de Janeiro, agravou a situação da doença no Estado.

A obra descreve a trajetória das oscilações no combate ao vetor, porém não traz dados específicos e aprofundados sobre a causa da disseminação do mesmo. Apesar de ser identificado, que a dengue no Brasil apresenta um padrão sazonal, o artigo não cita informações a respeito do contexto que levou ao controle ou na maioria dos momentos à epidemia pelo país, como por exemplo: contexto sanitário, econômico e social. Dessa forma, é possível encontrar no excerto a respeito do momento em que o Brasil participou da campanha de erradicação continental do Ae. aegypti e teve êxito na primeira eliminação desse vetor em 1955. Mais tarde em 1958, na XV Conferência Sanitária Pan-Americana, em Porto Rico, foi oficialmente declarado que o País conseguira erradicar o vetor.29

Em 1976, entretanto, o Ae. aegypti retornou ao Brasil, em função de falhas na vigilância epidemiológica e de mudanças sociais e ambientais decorrentes da urbanização acelerada dessa época;19 foram confirmadas reinfestações nos Estados do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro e, desde então, o Ministério da Saúde tem implementado programas de controle. O Ministério da Saúde elaborou em 1996 o Plano de Erradicação do Aedes aegypti (PEAa), cuja principal preocupação estava nos casos de dengue hemorrágica, que podem levar à morte. Contudo, o aumento do número de casos de dengue e o avanço da infestação vetorial demonstravam que a implementação do PEAa não havia alcançado o êxito esperado. Acredita-se que as principais causas do fracasso do PEAa tenham sido a não-universalização das ações em cada cada Município e a descontinuidade na execução das atividades de combate ao vetor.3

Mesmo com a falha do PEAa, foi visível a sua contribuição no combate ao Ae. aegypti, pois houve um considerável aumento de investimento nessas atividade, embora o foco principal das ações de prevenção tenha sido o uso de inseticidas e na eliminação de criadouros. Em julho de 2001, a Funasa abandonou oficialmente a meta de erradicar Ae. aegypti do País e passou a trabalhar com o objetivo de controlar o vetor. Foi implantado o Plano de Intensificação das Ações de Controle da Dengue (PIACD), que focalizou nas ações em Municípios com maior transmissão da doença. E em 2002, é implantado o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), que dá continuidade a algumas propostas do PIACD e enfatiza a necessidade de mudanças nos modelos anteriores.

Conclusões do autor: Dessa maneira, faz-se mister analisar que em meio aos diversos meios encontrados para combater o Ae. Aegypti, se perdura sua disseminação. Mediante, a luta pela sua erradicação no meio social, houve um distanciando de tal realidade, posto que não se busca mais seu fim, mais sim sua prevenção para que não venha se disseminar na coletividade e assim visam programas inovadores que possa moldar os anteriores. A regulação do ambiente e sua fiscalização é de suma importância para que não se dissemine ainda mais os vetores e que assim possam controlar o caso de pessoas infectadas. Sua aparição, desde os anos 1999 verificou-se rápida dispersão do vetor em grande extensão territorial, o que propiciou a circulação viral em maior número de Estados e Municípios e provocou uma rápida ascensão da doença, culminando em uma terceira onda epidêmica. Dessa forma, a dengue se tornou endêmica no Brasil, foram registrados cerca de 800 mil casos de dengue no Brasil, o que corresponde a 80% dos casos de toda a América. No mesmo ano, registrou-se transmissão de dengue em todos os Estados do Nordeste. Em 2002, foi implantado o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), que dá continuidade a algumas propostas do PIACD e enfatiza a necessidade de mudanças nos modelos anteriores, inclusive em alguns aspectos essenciais, como, a elaboração de programas permanentes, pois não há qualquer evidência técnica de que a erradicação do mosquito seja possível a curto prazo; o desenvolvimento de campanhas de informação e de mobilização da população, de maneira a se promover maior responsabilização de cada família na manutenção de seu ambiente doméstico livre de potenciais criadouros do vetor; o fortalecimento da vigilância epidemiológica e entomológica, para ampliar a capacidade de predição e detecção precoce de surtos da doença; a melhoria da qualidade do trabalho de campo no combate ao vetor; a integração das ações de controle da dengue na atenção básica, com a mobilização do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e do Programa Saúde da Família (PSF) e a utilização de instrumentos legais que facilitem o trabalho do poder público na eliminação de criadouros em imóveis comerciais, casas abandonadas etc.; 7) a atuação multissetorial, no fomento à destinação adequada de resíduos sólidos e à utilização de recipientes seguros para armazenagem de água; e 8) o desenvolvimento de instrumentos mais eficazes de acompanhamento e supervisão das ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, Estados e Municípios.

Metodologia: Trata-se de um artigo de revisão bibliográfica que se refere ao resumo, análise e discussão de conhecimento científicos ou tecnológicos já publicados.

Indicações da obra: Esta obra apresenta interesse para pesquisadores e a sociedade para visarem os meios eficazes de combate aos vetores. Pode ser utilizada tanto a nível de graduação como de pós-graduação, pois apresenta linguagem simples, sendo também útil como modelo, do ponto de vista metodológico para estudos baseados no mosquito Aedes Aegypti.

Referências bibliográficas
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